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Enquanto o mundo celebra a acessibilidade, Salto acumula omissões e descaso com direitos fundamentais

Publicada em 19/05/25 às 22:08h - 3 visualizações

por Rádio Prime do Brasil


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Salto 24 Horas  (Foto: Rádio Prime do Brasil)

Hoje é celebrado o Dia Mundial de Conscientização sobre a Acessibilidade, marcado na terceira quinta-feira de maio. Em muitas cidades, essa data representa avanços e conquistas na luta por uma sociedade mais justa e inclusiva. Mas, em Salto, a realidade é brutalmente diferente. Aqui, a inclusão é tratada como um detalhe incômodo, um fardo burocrático, enquanto as pessoas com deficiência seguem invisíveis, ignoradas por uma gestão que insiste em fechar os olhos para suas necessidades mais básicas.

Em 2019, o advogado Dr. Caique Mazzer levou ao Ministério Público uma denúncia que escancarou a negligência do poder público em relação à acessibilidade. A situação era clara e documentada: calçadas intransitáveis, prédios públicos com barreiras arquitetônicas e transporte sem adaptações mínimas. Uma cidade que ignora deliberadamente seus cidadãos mais vulneráveis. O caso poderia ter sido facilmente resolvido com um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), mas isso exigiria algo que a gestão de Geraldo Garcia, prefeito na época e novamente no cargo, parece nunca ter tido: vontade política.

Geraldo Garcia optou por ignorar a realidade. Não viu – ou fingiu não ver – as barreiras que tornam a vida de milhares de pessoas um desafio constante. Não viu os cadeirantes forçados a se arriscar entre os carros, não viu os cegos sem piso tátil ou sinalização adequada, não viu os cidadãos com mobilidade reduzida tratados como exceções, como se não fossem dignos de direitos.

O resultado dessa omissão foi uma Ação Civil Pública movida pelo Ministério Público, que culminou na condenação do Município de Salto. Era a chance de corrigir o rumo, de mostrar que havia ao menos um compromisso mínimo com a dignidade humana. Mas a resposta da gestão seguinte, sob o comando de Laerte Sonsin, foi ainda mais decepcionante. Em vez de aceitar a decisão judicial e iniciar as mudanças, optou por recorrer. Uma escolha que não apenas atrasou as reformas, mas mostrou, com brutal clareza, que os direitos das pessoas com deficiência não eram, e talvez nunca foram, prioridade para os governantes de Salto.

Essa postura vergonhosa, de protelar direitos fundamentais, revela uma gestão que parece preferir discursos vazios a ações concretas. Que finge se importar, mas que na prática continua ignorando as necessidades mais básicas de seus cidadãos.

Hoje, enquanto o mundo celebra a inclusão, Salto permanece presa ao atraso, governada por líderes que se recusam a ver a realidade. Que este Dia Mundial de Conscientização sobre a Acessibilidade sirva como um lembrete incômodo: inclusão não é caridade, não é favor – é um direito inegociável. E ignorá-lo é mais do que negligência. É uma traição ao próprio princípio de humanidade.




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